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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Apresentação Poetas Malditos - Priscila Lavorato- Aluizio Pontes

Os poetas contrários às regras sociais, desobedientes, que vivem as paixões até as ultimas conseqüências, muitas vezes de maneira autodestrutiva e marginal, estes são os "poetas malditos". Foram na grande maioria das vezes incompreendidos pelo público e sofreram ações de censura e muitas de suas obras demoraram para serem lidas e aceitas. São considerados inovadores e influentes por quebrarem paradigmas, por serem polêmicos, inusitados e ousados. Transitam na oposição entre a insanidade e a consciência, muitas vezes vivendo na boemia e no limite da vida.Este espetáculo apresenta grandes obras dos Poetas Malditos, dentre eles: Baudelaire, Hilda Hilst, Torquato Neto, Paulo Leminski, Roberto Piva, Rimbaud, Stéphane Mallarmé, Paul Verlaine, José Régio, Al Berto, Walflan de Queiroz, Edgar Allan Poe, Gregório de Matos, Augusto dos Anjos, Glauco Mattoso, Pedro Kilkerri, Florbela Espanca, Alfonsina Storni, Gilka Machado, Raissa Bonfim, Walt Whitman e Alice Ruiz.
Com uma seleção de poemas e músicas que tratam deste tema, esta apresentação quando apresentada na Casa das Rosas (2010) e foi sucesso de público e crítica.


(...) "Quero morrer com uma overdose de beleza." - Al Berto "(...)

Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija!" Augusto dos Anjos



 Entremeados por intervenções cênico-musicais o repertório é composto por compositores e intérpretes nacionais e estrangeiros também mesmo conteúdo, como: Tom Zé, Sergio Sampaio, Serge Gainsbourg, Edith Piaf, Zeca Baleiro, Lenine, Itamar Assumpção, Renato Godá, Chico Buarque, Billy Holiday, entre outros.



Com os artistas Aluizio Pontes e Priscila Lavorato

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é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores

Carlos Drummond de Andrade


EMBRIAGUEM-SE
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.

Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.

Charles Baudelaire

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